terça-feira, 10 de março de 2015

Gravidez

Sim, estou grávida (ainda que minha ficha não tenha exatamente caído) e por isso deu-se início a uma nova fase em minha vida e para a qual eu absolutamente não estava preparada.

Assume-se que por ser mulher, descolada e moderninha, eu saberia tudo o que fosse necessário para passar por essa fase (?) instintivamente. Errr... nop! Descobri que meus conhecimentos acerca do assunto eram tão parcos e cheios de coisas sem sentido que fiquei mal.

Isso, contudo, não me fez debruçar nos livros, mas me jogou para minha zona de salvação e oráculo favorito, a internet. Essa bandida, território de ninguém, que também ajuda a disseminar o terror, e foi responsável por muito dos medos que tenho enfrentado nesse fim de gestação.

Na prática, aprendi bastante coisa. Ainda que tenha tido uma gravidez tranquila (até então ao menos), alguns conselhos podem ser de grande valia pra quem está iniciando a jornada agora. 

- Misturar comidas vai lhe fazer enjoar, bem como comer doce demais. Aliás, comer demais fará mal de maneira geral. O certo são pequenas porções em intervalos menores.

- Todo mulher tem plena consciência de que deve evitar uma dieta muito trash, mas ainda assim é irresistível atacar a lata de leite condensado (inteira) e por a culpa na gravidez. Sinceramente, isso me dava um prazer tão grande que até acho que valeu os quilos a mais. O duro é evitar que esses deslizes virem regra.

- Na contramão do dito acima, evite ganhar muito peso a qualquer custo. Isso porque no final da gestação sua barriga (e seu corpo todo de uma forma geral) estará tão grande que a impressão que tenho é que uma grama a mais e eu literalmente explodo. Isso acarreta em desconforto, atrapalha o sono, deixa a respiração curta e traz dores. 

- Roupa de gestante não são uma futilidade. Elas se adequam ao seu novo corpo. Minhas roupas normais deixaram de servir lá no quarto mês. No começo dá até pra adaptar, mas com o andar da carruagem convém investir (não muito, fuja das lojas especializadas! Elas enfiam a faca no preço. Vá para as populares!) em um jeans, uma boa legging (que não aperte a barriga) e uma (ou duas) calças molengas. As camisetas eu "espichei" até o último trimestre, quando comprei um trio de básicas na H&M. Vale muito pegar coisas emprestadas (valeu mamãe)! Afinal, é por um curto período de tempo.

- Aliás, se querem mesmo saber, roupa de gestante eu comprei: uma calça jeans, uma calça de linho branca e as três camisetinhas, além de três sutias para amamentação e um para maternidade (senhora bênção!). Já roupa normal em tamanho maior comprei três vestidos e uma camisola. No mais tenho usado as minhas coisas (largas) e umas peças que mamis emprestou. Fuja das alcinhas, principalmente no fim da coisa. Com esse braço de biscoiteira e carninhas pulando para todo o lado elas acabam com qualquer auto-estima!

- Ainda no tema roupas, vestidos soltinhos são uma benção! E podem ser reaproveitados. Roupas íntimas... precisei comprar duas vezes. Uma no 2o trimestre e agora no 3o trimestre (ninguém me falou que isso seria necessário!). Esqueça as calcinhas sexies (você vai querer queimá-las!) e invista em algodão (conforto, uma necessidade). De novo, dessas baratinhas, afinal o objetivo é voltar ao corpinho de antes, certo?

- Pijamas! Seus melhores amigos junto com o travesseirão (um monte de travesseiros também cumprem o papel).

-  Faça exercícios. Ajuda na sanidade mental além de te preparar para o que está por vir. Nesse sentido, só fui me sentir acolhida e mais "mãe" quando entrei para yoga pré-natal. Estar com outras grávidas desperta esse sentimento, seja pela camaradagem ou pela semelhança física.

- Não acredite em tudo que a internet diz, muita coisa ali é publieditorial disfarçado de depoimento. Pesquise, pesquise, pesquise. Leia reviews, notas e compare opiniões antes de comprar. Coisas de bebê são caras demais pra não se importar com erros.

- Tudo que for voltado para "mamãe e bebê" automaticamente será super inflacionado. Um bom exemplo são os móveis para o quartinho. Além da qualidade ser altamente questionável (e o design horroroso), se você buscar em outra sessão a mesma peça consegue economizar um bom dinheiro (basta customizar ou adaptar. Eu queria móveis antigos, mas aqui onde estou isso não existe).

- Faça seu book maternidade entre o 5o e o 6o mês. É quando você estará mais bonita! Depois disso você vira um balão e antes não tem muita graça.

- Dê-se pequenos tratos. Manicure, pedicure, uma ida ao cabeleireiro, MASSAGEM.... diria uma boa depilação para voltar a se sentir gente, mas isso é tão dolorido que não posso recomendar... eu tentei e desisti no meio do processo. Sad but true.

- Faça listas e estabeleça uma timeline. Atenha-se a ela e não entre em pânico!

- Resista ao impulso de sair comprando roupinhas fofas. Dizem que elas são perdidas rápido e a verdade é que você acaba ganhando tanta coisa.

No mais, eu ainda estou descobrindo coisas. A primeira visita a uma loja de bebês foi intimidadora. Todos aqueles itens e eu (nem marido) sem saber o que realmente precisávamos e o que era superfluo. Demoramos para comprar nossas coisinhas, mas agora acho que cobrimos quase tudo. Falta apenas o sling porque não conseguimos achar aquele que eu quero (um que vi e testei numa loja de Hong Kong, lá no início da gravidez). Ah, e claro, decorar o quarto!

2 comentários:

  1. Tem uma youtuber/blogueira que é um amoooor, ela já faz parte da minha vida de tanto que assisto haha!
    O nome dela é Flávia Calina, ela é mãe e tem vídeos muito úteis falando sobre o assunto, acredito que você possa gostar ☺
    Beijos!

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