quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Broken heart


Eu não sei se eu lhe desejaria passar incólume pela vida, sem nunca ter tido seu coração despedaçado. O que eu provavelmente recomendaria é que isso acontecesse o quanto antes, preferencialmente ainda na sua adolescência, quando o corpo cura mais rápido e as feridas, ainda que potencialmente letais, causam menos dano.

Ao dizer isso não estou lhe desejando mal. Na verdade estou ofertando a possibilidade de um crescimento ímpar num curto espaço de tempo. Um coração partido é uma descoberta quase científica, cuja vivencia ensina muito mais do que qualquer excelente teoria.

Não se preocupe, não tenha medo. Cedo ou tarde você vai concluir esse ciclo e perceber que você se transformou. Aproveite a lição para se tornar alguém melhor.

Musiquinha!

Adoooro, logo, compartilho!



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Happy Thanksgiving!

Imagem extraída da internet

E chegou o dia de Ação de Graças, a data mais celebrada do ano americano já que amanhã é a Black Friday que fará a alegria dos consumistas de plantão (ou seja, basicamente o país inteiro).

Confesso que não entendi muito bem o significado da data. Tem algo a ver com Abraham Lincoln, reunir a família para comer peru e lavar a roupa suja, além de obviamente ser grato pelas bençãos e lições aprendidas no período.

Meu dia começou até bem, mas fica essa nuvem carregada sobre a minha cabeça. Então deixa chover, pula-se para a parte da lavanderia e deixa o peru pra mais tarde.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Resenha: Clinique Even Better Clinical Dark Spot Corrector


Motivação para compra do produto: não sei como (vez que não preciso depilar) manchei o buço e fiquei com um bigodón tatuado. Acho que foi limão... vai saber. Vim para a terra do Tio Sam e no primeiro fim de semana comprei o produto em questão. Aliás, marido comprou (e, sendo "precavido" como de costume comprou logo duas garrafinhas do maior tamanho).

Descrição: Dermatologist-developed to be safe, comfortable. Yet in clinical trials our serum was comparable to a leading prescription ingredient in visibly reducing dark spots at 4, 8 and 12 weeks, with a verified 58% improvement at 12 weeks. And all skin tones start seeing results at 4 weeks. Even traces of acne past seem improved. Use it twice a day. Never forget sunscreen. Guaranteed. Ou seja: a promessa era de uma REDUÇÃO VISÍVEL das áreas escuras entre 4 e 12 semanas.


Frustração: quase cinco meses depois, usando religiosamente o produto, duas vezes por dia, após o 1,2,3 Step da mesma marca (esses eu recomendo) e filtro solar fator 100 da Neutrogena (muito bom!) não noter NENHUMA diferença! Juro! E olha que além do bigodón eu tenho sardas de todas as nuances e pintas variadas. NADA! Ficou tudo exatamente como estava, com o detalhe que o buço escureceu mais ainda (#desespero!).

Pra não gongar totalmente o produto, a textura e o cheiro são bem gostosos e o efeito na pele é bom, mas quanto ao que promete, NOTA ZERO, em caps lock. Entrei em contato com a Clinique e eles me reembolsaram uma das garrafinhas, pediram desculpas e disseram que o produto não funciona para todos os tipos de pele.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Despejo


Quando na casa dos meus pais (que estranho pensar assim, quando foi que ela deixou de ser a minha casa?), sentada em uma das cadeiras brancas da sacada do meu quarto, enquanto contemplava a mesma paisagem suburbana, me questionava se um dia mudaria de cenário...se um dia conseguiria sair dali. 

Como as coisas podem mudar em um ano. Saí de lá! E isso ainda me surpreende pois por mais que desejasse nunca pensei que de fato conseguiria. Tinha até me conformado em ser aquilo... quase nada. Sempre tive asas grandes, mas nunca as usava. Não sabia como. Hoje tenho vivido por aí, mudando de país, seguindo o ritmo da música que agora me embala. 

Com isso tenho acumulado saudades. De pessoas, lugares e momentos. Tem tanta gente nova nessa minha vida. Tantas experiências. E ainda assim queria dividir o admirável mundo novo que tenho desbravado com quem por tanto tempo me acompanhou. 

Tem tanta coisa nova... até um despejo. Eu, que nunca havia mudado, recebi, quando ainda estava na Inglaterra, a notícia que minha casa nos Estados Unidos havia sido vendida. Nos deram dez dias para deixar o imóvel. Já se passaram cinco e hoje comecei a empacotar as coisas. Ainda nem começamos a procurar novo teto. 

Interessantes como são as coisas por outra perspectiva. Se antes eu achava a casa muito vazia, agora me pergunto da onde saíram tantas coisas a serem guardadas. Meus músculos estão ressentidos, por isso resolvi sair pra caminhar. 

Aí bate aquela tristeza. O inverno já se faz presente no vento e deixa o pôr do sol texano – geralmente laranja com um sol gigantesco – em tons frios de roxo e rosa. Lá vai a Nina espantar um bando de veados que se refugiavam no nosso quintal. É temporada de caça e não demoraescuto um tiro. Rezo para que errem sempre o alvo. 

Cai a noite, Nina e eu nessa casa semi vazia. Ainda há tanta coisa para embalar.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Spinning down

Que é isso? Quando a vida resolve castigar é uma senhora cacetada puxada de tapete. Em menos de uma semana perdi grana e tempo num negócio que está mais enrolado que novelo de lã depois do gatinho, recebi um email comunicando que tenho dez dias pra providenciar nossa mudança nos EUA (e achar um lugar novo), posto que nossa casa foi vendida (quase um pé na bunda, eu diria), tem essa maldida pressão sobre o futuro (isso tá *oda de suportar), não ter emprego sempre foi meu maior medo... oi, bem vinda ao meu pesadelo!

Tem tanta coisa em risco que preciso me segurar para não entrar numa crise histérica! Com quem vou falar sobre isso? Tenho que ser forte para dar suporte pro marido, minha família pensa que tudo por aqui é lindo (o mesmo se aplica as minhas amigas), e é ... exceto pelo deadline. Não tem motivo algum quebrar essa ilusão. Eles já tem seus próprios leōes a enfrentar.

E, para coroar meu inferno astral (e nem estou perto do meu aniversário), ontem a minha assombração saiu no noticiário nacional na campanha pró-doação de órgãos (ela precisa urgentemente de um pulmão, ou dois). Internada há três meses, frágil, pequena e magra, respirando com aquele tubinho no nariz e com uma nota de desespero que até eu que não falo aquela língua pude entender. Deus, até que ponto os meus problemas são relevantes? Toda a família compartilhou o vídeo, e eu, como estúpida que sou, me ressenti por isso. Mas oi? o que estou falando? Meu lado racional entende e divide as coisas e sofre por ela também, mas ele não consegue conter meu monstrinho verde soterrado em mim o tempo todo. Esse monstrinho emerge de tempos em tempos, o que me envergonha muito.

Segue David Guetta feat Sia, com She Wolf (Falling to Pieces). Porque isso basicamente resume, seja eu quem for na letra.






quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Fazendo as malas

Vim passar dois meses na Inglaterra e, a duas semanas da volta para casa, posso afirmar sem qualquer dúvida que ao menos cinco camisetas, três regatas, duas blusas de lã, um casaco, seis pares de meia e uma bota poderiam ter ficado tranquilamente fora da bagagem (dando espaço praquele casaco ma-ra que eu vi na vitrine).

E' que tenho medo de faltar algo e acabo sempre trazendo a mais. 

Com isso tenho um grande problema: fora do Brasil o limite de bagagem é 23 kilos, sem choro (minha mala já veio pesando isso) e durante dois meses por aqui, óbvio que fiz umas comprinhas... E agora? #comolidar?

Por isso, seguem algumas dicas para quem pretende por o pé na estrada. Espero que ajude!

- Coloque todas suas coisas na cama e veja o que combina com o que. Por mais que você ame certa coisa, se exigir acessórios, sapatos ou outros complementos além daqueles separados, tire da mala (eu sei que dói, mas use outro dia);

- Quando terminar a separação, tire ao menos uma peça de cada! É sério! Não esqueça que dá pra lavar roupa no hotel (nem que seja no banheiro) e sim, ela vai secar! Basta por tudo penduradinho no calefador ou onde encanar o vento, kkk!

- Escolha uma cor para montar sua mala (não se preocupe que você não vai fazer feio repetindo coisas, afinal você está a turismo e não num desfile de moda! Deixe as megas produções para outra ocasião);

- Leve peças curingas que deem um up na roupa (uma echarpe colorida já quebra o galho);

- UM sapato de salto já basta! Se for levar botas de cano longo, procure viajar com elas, salva espaço;

- O mesmo se aplica as roupas de balada. Não precisa levar uma muda para cada noite! Mesmo porque, no geral você vai direto do longo dia de caminhada para o bar ou resturante bacaninha e de lá pra festa;

- Shampoo e condicionador de casa em frascos pequenos e de plástico! Se acabar, vá no mercado mais próximo e compre outro, oras! Você experimenta coisas novas e salva peso! Ah, se estiver viajando acompanhada(o) divida os itens de uso comum!

- Deixe a chapinha e o secador em casa. Os hotéis - em sua grande maioria - disponibilizam esse último. Se for impreterível, leve em travel size;

- Maquiagem, cremes, perfumes... tão logo você entre em uma farmácia ou supermercado (principalmente na Europa e EUA) você vai achar tanta coisa diferente e com um preço tão camarada que eu não vejo muito sentido em trazer nada além dos indispensáveis (e nem tente me enganar que sei da sua listinha para primeira Sephora avistada);

- Roupas são mais baratas fora do Brasil. Assim, se faltar alguma coisa, vá bem contente na fast fashion mais próxima e salve seu dia. Aliás, é de se perder com as coisas por aqui. A moda é tão diferente que não há a mínima possibilidade de voltar sem ao menos uma camisetinha nova!

- Eu tenho um problema sério com roupas para viajar. Quando vim para os Estados Unidos inventei de usar um jeans skinny. Afffe! Super desconfortável! Acabei com hematomas atrás do joelho! Depois disso só viajo de legging ou aquelas calças molengas. E não fica cafona! Juro! Vide Vitória Beckham!

Pra fechar. Produtos de beleza, eletrônicos e roupas de grifes são mais baratos nos Estados Unidos. Na Europa vale a pena a moda diferente (quando você andar por aqui vai entender o que estou falando) e as marcas locais.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O Futuro

Metas a longo e curto prazo, listas, planos, estratégias. Sempre gostei de ter o controle, ainda que ilusório, sobre aquilo que estava por vir. Se eu traçasse bons planos conseguiria prever e assim evitar eventuais contratempos ou mesmo os grandes problemas.

Mas eu deixei de querer planejar o futuro quando isso tornou-se a sua obsessão.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Lonely Women

Essa é a sina das mulheres da minha família. Não importa onde ou como, sempre acabamos sozinhas.

Passei o domingo batendo perna. Fui no shopping, comprei algumas coisinhas, passei na feira de rua, onde barracas exibiam pães, geléias, macarons, artesanato, doces árabes e um hamburguer que me deixou com água na boca. Não, não provei para saber se era tão bom quanto exalava. Estava sozinha e um  seria muito para mim. Precisava de alguém para dividir (é, eu sei que poderia ter comprado, comido minha metade e jogado o resto fora, mas não é esse o ponto).

Enquanto isso minha mãe estava sozinha em casa. Tal como minha vó (teimosa demais para sair da cidade dela). E se parar para pensar, sozinhas provavelmente estavam o resto das mulheres da família.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Cream of Carrot Soup

Vou te contar que cabei de fazer uma sopa deliciosa! Aliás sopa é tudo o que tenho querido comer por aqui. Com as temperaturas cada vez mais baixas, um pratinho fumegante faz meu estômago bem contente! Infelizmente não tirei fotos, mas vou passar a receita antes que esqueça (minhas invencionices sempre se perdem na memória).

Sopa Cremosa de Cenoura

Ingredientes:

- 400g de cenoura picada;
- 01 batata pequena;
- 01 cebola média;
- 01 dente de alho; 
- 01 pote de caldo de vegetais;
- 01 maço de cebolinhas (pequeno);
- 03 colheres de creme de leite fresco;
- sal e pimenta do reino a gosto.

Modo de Preparo:

Ferva as cenouras com a batatinha até que fiquem macias (e não desmanchando). Reserve com um pouco da água usada na fervura (como eu não tenho liquidificador aqui, amassei as cenouras e a batatinha, mas a opção mais prática é bater tudo).

Esquente o óleo e frite a cebola e o alho até que fiquem macios, junte o caldo de vegetais, sal e pimenta e mexa até que dissolva. Acrescente a cenoura reservada e deixe ferver em fogo baixo por 15 minutos.  Adicione a cebolinha picada bem miúdo e, passados 10 minutos, junte o creme de leite. Desligue o forno antes de ferver.

No prato eu acrescentei um pouco de sal marinho (tipo sal grosso) e pimenta do reino moída grosseiramente. Um pouco de queijo cheddar ralado (porque era o que eu tinha) por cima e está pronto para servir. Por aqui o acompanhamento foi pão girafa (é esse o nome mesmo, hehe) com manteiga irlandesa e uma tacinha de vinho porque o dia foi longo!

domingo, 23 de setembro de 2012

God save the Queen

A Inglaterra sempre figurou no meu Top 10 como O lugar para conhecer. Daí quando marido anunciou que teria que fazer um curso aqui, foi difícil controlar a euforia e não sair dando gritinhos histéricos.

Porém (contudo, todavia) o sonho começou a virar um tremendo pesadelo quando as normas do país se apresentaram quase impossíveis para levar a Nina comigo. Assim, faltando uma semana para embarcar, depois de dias depressivos e um domingo particularmente difícil (onde eu só fazia chorar) descobrimos que via marítima as regras eram menos severas e com isso mudamos as passagens para ficarmos dois dias em Amsterdam, onde providenciei um passaporte europeu para o ser canino.

Documentos americanos prontos, embarcamos para Holanda, onde a Nina entrou sem qualquer problema. Chegamos lá de manhã, e a tarde minha cunhada já tinha agendado um horário no veterinário para o exigido tapeworm treatment e o tal passaporte. Lá, mas terrorismo: o Certificado de Vacinação Anti-rábica não continha o rótulo da vacina.

Bem, pra quem já estava há uma semana sem dormir direito, o que eram mais duas noites em claro, certo? Minha sogra me acompanhou no navio (descobri mais tarde que era para trazer a Nina de volta para Holanda caso ela não pudesse entrar na Inglaterra - tem como não amar?). 

Um adendo: quando marido disse que eu iria de ferry boat para Inglaterra visualizei algo como a balsa que faz a travessia entre Balneário Camboriú e Itajaí... bobinha... tratava-se de um navio nos moldes de um cruzeiro! U-A-U!

Chegamos na terra da rainha e tive que rir... foi a primeira vez na minha vida que a fila de estrangeiros para a imigração estava vazia! Tensão... nervosismo... coração e estômagos desregulados... e a oficial NEM ABRIU o passaporte da Nina! Depois de tanto sofrimento?!?! Não, não estou reclamando, mas... enfim, Nina está na Inglaterra me fazendo companhia e descobri que os ingleses não odeiam pets cono eu pensava! 

Felicidade define! Tenho tido muita sorte com o clima e os dias estão lindamente ensolarados. Mas os ventos do inverno já se fazem presentes e a temperatura tem caído um pouco a cada dia...

The winter is comming! Por falar nisso (e mudando totalmente de assunto), alguém sabe quando Game of Thrones volta?

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Resenha: Paul Mitchell

Quando cheguei aqui (nos EUA), minha primeira ida ao supermercado foi uma aventura. Devo ter passado umas quatro horas lá, entre as prateleiras, lendo rótulos de todas as sessões, identificando coisas que eu conhecia e arriscando coisas que eu não conhecia.



Nos primeiros dias aqui meu cabelo estava caótico (extremamente seco e quebradiço). Daí, no spa da Vineyard eles usam e super recomendaram o tal Paul Mitchell. Lá fui eu e comprei o shampoo e o condicionador da linha Color Care. Sim, ele trouxe meus cabelos de volta ao normal, mas não passa de um shampoo comum. Talvez o tratamento seja mais eficaz,com máscaras e afins, sei lá.

Então, avaliando: para uso diário, tá ok. Deixa o cabelo com uma cor bonita (isso é o que mais me agrada nele, ele "corrige" a cor para o tom que eu gostaria, tirando o "avermelhado") e o preço é camarada. Não leva cinco estrelinhas porque o cheiro apesar de bom, não fica no cabelo, a hidratação não é das mais potentes (mas nem é esse o objetivo).

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Craiglist

É fato. Minha passagem de volta está marcada para 18 de dezembro. Ai que depressão! Confesso que queria ficar aqui (a toa na vida), mas o que mais pega mesmo é a responsabilidade de me manter sozinha no próximo ano (sem papai, sem marido...). Hora de morfar crescer. Demorou, né?

Por outro lado, pelos exatos mesmos motivos, estou super ansiosa. Desbravar cidades sempre foi comigo mesmo. E dessa vez parece que eu vou (coro de Aleluia ao fundo) mesmo para minha tão desejada Curitiba (nossa, como eu tentei mudar pra essa cidade!). Pode ser que quebre a cara... mas, a passagem por lá é temporária, Poderia escolher qualquer outra cidade no Brasil, mas Curita é questão de honra, do tipo vim-vi-e-venci, sabe?

Coloquei todo o meu orgulho de lado (e isso deu um trabalhão porque ele é enorme) e na maior cara de pau saí mandando mensagem de socorro via Facebook. Fiquei tão feliz quando recebi as respostas (#carênciamodeon), me encheu de esperanças. Quem sabe?

Bem, com isso estou pondo toda a minha (escassa) mobília a venda no Craiglist. Nunca usei isso antes, é tipo um Mercado Livre, só que mais ágil (me parece). Assisti um documentário onde o carinha viveu 30 dias via Craiglist, sem um tostão no bolso e viajou meio Estados-Unidos. Espero que funcione.

Algumas coisas estou tendo mesmo que praticar o desapego (outras são da categoria vai com Deus!), como a mesa de jantar da Malásia, o espelho e alguns itens de decoração. Mas o que corta mesmo meu coração são os utensílios de cozinha... apego total às minhas panelas!!!

Ainda tenho esperanças de enfiar tudo na mala... mas oi? Só tenho direito a 60 kg, e para vir prá cá já trouxe bem uns 130 kg (não me condenem, o plano inicial era ficar três anos aqui!), fora as comprinhas...

Pensa, pensa... aceito sugestões (oi, eco??? alou? #foreveralone!)

sábado, 28 de julho de 2012

Chicken Piccata

Se tem uma coisa a qual tenho me dedicado nessa fase de "doméstica" é à arte culinária. Tenho testado várias receitas, recriando dos bons restaurantes que frequento por aqui e até inventado alguma coisa por conta própria (o que marido não aprova, já que ele sempre pede para repetir o prato, mas, como fui acrescentando coisas pelo cheiro, não consigo lembrar os ingredientes, logo, nunca fica igual).

No restaurante daqui onde moro (The Vineyard), um dos nossos pratos favoritos (depois do chicken raviolli with mushroom sauce) é o chicken Piccata (ou filé de frango a Piccata). Depois de alguns testes, acabei de jantar a perfeição (sem falsa modéstia porque estava realmente MUITO BOM).

PS: As medidas abaixo são aproximadamente o que eu usei, pois como disse, costumo cozinhar "a gosto".


Ingredientes:

  • 02 peitos de frango em filé fino (eu pego um pedaço de papel manteiga e espanco o bichinho até ficar fino, mas se você preferir pode cortar ao meio);
  • Sal e pimenta do reino;
  • Farinha de trigo (aqui chamada de all-purpose flour);
  • Manteiga;
  • Óleo de oliva;
  • 1/3 copo de suco de um limão;
  • 1/2 copo de caldo de galinha;
  • 1/4 vinho branco;
  • 1/4 copo de alcaparras (lavadas);
  • 1/4 copo de salsinha picada.

Modo de Preparo:

Tempere os filés de frango com sal e pimenta e passe-os na farinha (ambos os lados). Reserve.

Numa frigideira, esquente o óleo e a manteiga. Quando a manteiga derreter, coloque o frango. Deixe por quatro minutos (ou até ficar dourado) e depois vire o lado. Tire da panela e reserve.

Enquanto isso, misture o suco de limão, o caldo de galinha, o vinho e as alcaparras numa tigela. Use a mesma frigideira (economia de louça!) para fazer o molho (basta jogar essa mistura lá e mexer).

Volte o frango pra panela e deixe cozinhar por uns cinco minutinhos (não mais!). Ponha o filé no prato, acrescente parte da salsinha no molho, jogue o molho sobre o frango e decore o prato com o que sobrou da salsinha.

Voilá! Prático, rápido e delicioso!

Sugestão de acompanhamento: macarrão do tipo cabelo de anjo.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

My own fairytale

Minha vida é mesmo surreal. Moro nessa casa linda, cercada de pessoas queridas, com meu príncipe encantado num felizes para sempre. A cada pouco preciso me beliscar para ver se não estou sonhando.

Pois veja isso, estava caminhando com a Nina pela manhã, não tão cedo porque a chuva trouxe algum alívio, e pela rua havia dois filhotes de veado! Claro que Nina disparou na caçada, mas um dos bebês ficou ali, a me olhar. Não consegui chegar muito perto, mas tenho me aproximado da família cada vez mais. E cada vez que avisto um desses a euforia me domina.

Na volta para casa o veado solitário estava no meu quintal. Ele se desgarrou do bando, não sei ao certo a história, agora fica assim, sozinho e orgulhoso. Espero que na próxima primavera ele encontre uma boa esposa, hehe.

Cabe avisar que meu quintal é frequentado por veados, lebres, linces, raposas, esquilos, gambás, pássaros azuis, vermelhos, tipo andorinha (apesar de eu viver longe do mar) - que fazem um barulho engraçado - águias e urubus. Ah, e claro, um mar de grilos, gafanhotos, borboletinhas e grilos-borboletas.

Dia desses, num domingo qualquer, estava sentada na varanda, curtindo o bom tempo e dando atenção aos labradores do vizinho (que vem me visitar religiosamente todos os dias, faça chuva ou faça sol, em busca da "escovação") e esse minúsculo beija-flor ficou "parado" a centímetros do meu nariz. Acontece que eu havia esquecido de trocar a água dele e da última vez coloquei açúcar ao invés de mel e ele não gostou nadinha.

Então, depois da bronca, lá fui eu trocar a água do passarinho, que voltou depois de quinze minutos para sua refeição. Fiquei rindo com meus botões... ou estou enlouquecendo ou os bichos realmente tem me dado ordens!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

E se foi o domingo...

Acordamos cedo para arrumar a casa. Meio-dia receberíamos pessoas interessadas em comprá-la. Pessoas interessadas na casa que eu tanto gosto e tenho como minha. Eu sei, a casa é de aluguel e tudo é temporário, mas explica isso para meu coração teimoso que insiste em se apegar a causas perdidas.

Os interessados vieram. A K. capitaneava a excursão e ficamos do lado de fora, meio que expulsos momentaneamente da nossa vida. Eles passearam por tudo enquanto eu mentalmente tentava lembrar se estava tudo em ordem (mania obsessiva).

Saíram daqui felizes. Honestamente gostaria que ficassem com a casa. Era uma família grande (vieram em dois carros, sendo um uma van) e até os avozinhos vieram. Têm três cachorros branquinhos... é, seria bom.

***

Depois de um dia chuvoso o sol está se pondo. Que fotografia linda que daria...

domingo, 8 de julho de 2012

Confissões


Eu tenho vergonha do meu fracasso. É isso, admiti em voz alta... tenho vergonha do meu fracasso. Então, com medo de falhar, nem tento. Numa escala, quão patética é essa verdade?

Gostaria de dizer que “há uma pressão”, que demandam demais de mim, mas isso não é verdade. O que se espera é que eu seja bem sucedida já que (dizem) eu tenho todas as ferramentas para isso. Honestamente não sei da onde vem essa idéia. Não tenho droga de capacidade nenhuma. Nem esforçada eu sou.

E o mais ridículo disso tudo é que eu mesma me boicoto. Eu mesma me desestimulo. Sim, porque posso não ser um ser brilhante, mas sou teimosa, e como tal só paro quando alcanço a meta. Sou insegura... mas não quero que ninguém saiba disso.

Por isso me dilacera ter que voltar... ao menos aqui, longe, eu posso camuflar minha vida, deixá-la mais interessante numa narrativa. Mas perto, vou precisar transformar meu conto de fadas em realidade, e isso pode ser muito complicado.

Não consigo me lembrar quando foi a última vez que me comprometi com algo. Que realmente me dediquei com afinco a um objetivo... ah, lembro sim, foi no Exame de Ordem. E depois daquilo, um buraco negro me engoliu. Naquele tempo eu teria me tornado uma excelente advogada. Com aquele tanto de conhecimento, teria passado fácil num concurso qualquer... mas eu desisti. Me conformei com o quase nada que eu tinha e achei que estava bom.

Como diria minha mãe: falta brio.

Mas agora que caiu minha ficha... ainda há tempo de mudar. E agora, há motivo.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Independence Day!


E ontem foi dia de cantar o hino com a mão no coração, beijar a bandeira, ver as bandinhas na parada da cidade e assistir os fogos de artifício, tudo porque o Will Smith salvou a América dos alienígenas!

Ironias a parte, o 4 de Julho é um dia bem bacana aqui nos Estados Unidos. Para começar acho que é o único dia do ano (não estou bem certa quanto ao Dia de Ação de Graças) em que não se trabalha. Sério, o povo aqui é bem maníaco. E pelo que andei vendo, as leis trabalhistas ainda estão no tempo do feudalismo (exemplo, se você falta ao trabalho por estar doente, simplesmente tem esse dia – ou quantos você deixar de laborar – descontado do seu salário).

Em Austin teve Orquestra Sinfônica (tocando musiquinhas patrióticas) no Cedar Park. Famílias inteiras reunidas em um piquenique, curtindo seus enlatados e esportes bizarros (freesbe até que é legal). Um a parte para o material de piquenique. Sensacional!!!! Quero um kit cesta-cobertor-taças-e-cadeirinha pra ontem!

Claro, de manhã teve as tradicionais paradas, tal como no Brasil, mas na versão americana (ou seja, na frente das bandinhas tinham aquelas meninas fazendo acrobacias... confesso que gostei, #nãosoumaisamesma).

A principal diferença entre o Dia da Independência brasileiro e americano creio seja a integração das pessoas. No Brasil fica cada família na sua, sem ter muito o que fazer. Por aqui todos vão aos parques, onde há música ao vivo e diversas atividades.

Aliás os parque daqui merecem um post especial. Queria vê-los em Foz.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

A História da Jabirosca


Adoro Natal! Sério! Encaro cada presente como uma missão. O objetivo é acertar o alvo, independente do preço (por óbvio, se puder economizar um pouquinho não vou achar ruim). Com isso transformo o fim de ano numa verdadeira maratona e me divirto com isso.

Claro que sempre fico naquela expectativa do que eu vou receber em troca. Por favor, não me entenda mal. Não faço isso pensando nos presentes que eu vou ganhar, mas vejo tais presentes como sinônimo de quão bem a pessoa me conhece (ou se importa). E que fique claro que o valor é sumariamente desconsiderado.

Preciso ainda contar que my dear é do tipo que acredita que Natal (Dia dos Namorados e similares) é apenas uma data inventada pelo capitalismo para movimentar o comércio e fazer com que as pessoas gastem dinheiro num falso sentimento de união blá, blá, blá, whiskas sache, ZZzzzzRóinc!

Isto posto, Natal passado foi nossa primeira data importante juntos, e lá estava ele cercado pela minha família, espremidos na sala ocupada pelo pinheirinho e vários pacotes.

Pouco antes disso ele acompanhou minhas aventuras pelo shopping, então mais ou menos já sabia o que iria enfrentar naquela noite. Assim, esperto que só ele, armou-se de vários recortes de papel onde estavam meus fictícios presentes, com a excelente desculpa que não fazia sentido trazê-los, pois precisaríamos de todo o espaço disponível na bagagem para a viagem de volta.

Foi assim que ganhei o Bullet! Um carro incrível que nem nos meus sonhos mais otimistas esperei ter. Ocorre que o veículo em questão era a paixão do digníssimo, ou seja, toda vez que eu assumia o volante ele quase enfartava do meu lado.

O outro carro era a Jabirosca... molenga, instável e com uma cara de paraguaia impressionante (leia-se carros paraguaios não pessoas, ok? Olha o preconceito!!!). Em resumo, amor nível zero!

O Bullet foi embora mês passado (depressão total) e sobrou quem???? Adivinha se conseguimos vender a dita-cuja?

Agora temos a Jabirosca, cuja posse me é rara. E para minha grande tristeza descobri dia desses que a bendita foi escolhida e desejada pela antecessora (quem manda vasculhar o passado alheio. Toma!) e agora peguei um desgosto pela bicha que vou te contar...

E como tudo aqui precisa de carro pra chegar... ou encaro a monstrenga ou vou a pé, com 50 graus na cabeça. Ai que saudades do Sr. Logan... ao menos era meu, escolhido e pago por mim!

Ai você se pergunta, e porque cargas d’água eu estou pensando no Natal?? Uai! Já não ta na hora de começar a planejar??? :D

Rachaduras


Falar sem pensar invariavelmente é um problema. Dar asas a imaginação, criar desdobramentos para uma única cena e daí assumir que suas conclusões são verdades absolutas e então sair acusando é no mínimo, uma temeridade.

Relacionamentos são complicados. Por mais que se ame, respeite e admire a pessoa ao lado, há sempre uma voz (infame) no fundo da sua cabeça que te coloca a pensar... a questionar o que você tem (por melhor que seja).

Afinal... nada pode ser assim tão bom, certo? Não existe a felicidade absoluta, logo, se tudo aparenta ser tão perfeito é porque certamente há algo muito errado que não estamos enxergando. 

Aí a paranoia assume as rédeas e você deixa de responder por si. Perde-se em suas próprias fantasias acreditando que as teorias mais mirabolantes possíveis são de fato a realidade, e a realidade de fato é mera ficção.

Com isso desencadeia-se uma série de questionamentos, testes e provocações (vulgo, alfinetadas), até culminar na fatídica DR (carinhoso apelido para “discutir a relação”). Aflora-se um turbilhão de sentimentos incubados e alimentados somente por você, e o outro, alvo de artilharia pesada, fica ali, rindo meio bobo, sem entender o que está acontecendo.

Até que ele percebe que não está rindo por ser bobo, mas por achar aquela situação tão ridícula e tão fantasiosa que não há outra reação imediata possível. Sim, porque passado o choque inicial, vem aquela onda de revolta. 

“Como assim você desconfia de mim? Que absurdo é esse? Por que eu não faço nada mais na minha vida que me dedicar a você... e ainda assim você não confia em mim?” E pronto, armou-se a zona de guerra. Eis que o outro começa a refletir e sua conclusão (lógica) é que se você desconfia é porque não é digno de confiança... inverte-se os papéis e o acusador de repente se dá conta da grande bobagem que fez. 

Mas agora já é tarde. O acusado, vítima no caso, já está processando as informações, e ele mesmo já criou suas próprias teorias mirabolantes, com soluções e desculpas estapafúrdias, mas que em sua concepção fazem todo o sentido do mundo, exatamente o mesmo processo pelo qual passou o acusador. 

E nessas horas, se não há uma base sólida (sim, porque apaixonados tendem a ser ridículos), tudo aquilo que foi construído com tanto amor e dedicação desmorona tal qual prédio implodido.

Não peque por isso. Ter dúvidas parece-me ser normal, e você pode (e deve) saná-las o mais breve possível (não convém criar um monstro embaixo da sua cama). Todavia escolha muito bem o método de abordagem. Sabendo perguntar, não há pergunta que ofenda.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Pratique o desapego


Quantas vezes você já se viu preso a uma situação insustentável, e desejou ter coragem o suficiente para jogar tudo pro alto e viver a vida como você acha que deveria vivê-la. E quantas vezes você foi atrás de um sonho?

Reclamar que as coisas não vão bem, que a vida moderna é muito estressante, que o trabalho lhe consome o tempo que deveria ser de qualidade é até bastante fácil. O difícil é abrir mão dessa situação, que por pior que lhe pareça ainda assim lhe traz a segurança da rotina e o conforto do ordinário.

O que a maioria das pessoas não percebe é que tudo nessa vida é passageiro e nada pertence de fato a nós. O que nos resta, no fim das contas, é a experiência vivida e as lições aprendidas, que solidificaram a sua evolução para se tornar uma pessoa melhor.

Portanto, se você se encontra nessa encruzilhada, arrisque. Tenha coragem de viver a vida como você gostaria de verdade. Por pior que possa ser o resultado, ainda sim você vai ter a vivência e a ótima sensação de ter feito algo por você. 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Gone in 60s


Vou te contar que para ser cabeção como eu tem que entrar na fila! Arranjei uma atividade temporária, cuidar da pequena (minúscula) Coco (Chanel, mereço!). Amo cachorros e me voluntariei para a tarefa. O problema é que a rotina do doguinho é muito cedo para os meus padrões e ainda, considerando que o namorido está no turno da noite nessa semana, acordar as sete da matina não tá mole.

Pois bem, hoje o carro estava no pátio, dando sopa... o sol já tava quente (sério, depois das oito da manhã fica impossível viver sem ar-condicionado por aqui) e eu atrasada... lá fomos Nina e eu na Jabirosca (história a ser contada).

Cumprida a obrigação, voltei e me atirei na cama... ainda tinha uma horinha até o echtgenoot ir para o trabalho. Tempo depois, enquanto fazia o café, lembrei do celular dentro do carro... fui lá buscar e tcharam!!!! Tranquei as portas com a chave dentro!

Ai que desespero!!! Procura no Google (amém) a solução, estuda o vídeo e lá fomos tentar abrir o carro com uma corda, cada um em uma porta. Quase uma hora depois (já a ponto de quebrar o vidro), conseguimos! \o/

Encabeçando minha lista de ano novo nos últimos dez anos: prestar mais atenção nas coisas. Um dia dá certo!

PS: para quem interessar possa, segue "vídeo inspiração".

terça-feira, 26 de junho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Daqui cinco anos‏

Alguma vez você já se obrigou a fazer uma projeção mental sobre o seu futuro? Na tentativa de descobrir como você estará a, por exemplo, cinco anos? Estou nessa função já tem dias e não pensei que fosse algo tão difícil. Daí me pergunto se é difícil só para mim ou olhar para o futuro é algo que comumente não fazemos.

Pela minha experiência eu sei o que eu quero ter, como quero viver, com quem gostaria de estar, mas não tenho a menor pista de como chegar lá. Isso inevitavelmente me leva a questionar quando perdi meus objetivos.

Por mais que eu pense não consigo lembrar porquê deixei de sonhar e quando foi que passei a somente existir. Eu não era assim... sempre tive tantos planos, mediatos e imediatos, estratégias, segundas opções. E agora, nada. Há um branco tanto para o meu passado quanto para o meu futuro.

Viva um dia de cada vez, aproveite o presente, e tantos outros conselhos no mesmo sentido. Foi isso que eu adotei... e foi assim que me perdi.

O presente é muito importante, mas também o é o futuro e o passado. Esse pelas lições aprendidas e aquele pelas metas que impõe.

Assim, quando me perguntam o que quero ser, onde quero estar ou o que estarei fazendo em cinco anos e essa neblina me abraça como resposta, só me resta mesmo esperar até que ela dissipe. Lanternas ou luzes não ajudam nessas condições.

Acredito que as manhãs guardam o véu da natureza, logo, não tenho qualquer intenção de esperar o dia inteiro para me mexer. Contudo não acho prudente sair correndo as cegas.

Em resposta ao título (e a sua pergunta), daqui a cinco anos eu gostaria de ser segura de mim. De estar feliz, em uma boa casa, com um bom emprego (não sei qual, não sei o que... só sei que tem que ser algo que me satisfaça), talvez com uma família (começo a ter medo dessa ideia porque, de repente, os filhos que eu tanto desejei passaram a ser a razão de toda essa urgência de ser bem-sucedida, sem me deixar tempo ou margem para errar e começar de novo).

Onde será isso? Não sei... mas sei onde não será... em Foz por exemplo. Não quero voltar para lá. Por tudo que se apresenta, a resposta lógica é o Rio, mas isso não significa que eu quero ir para lá... bem como também não significa que eu não quero. É complicado. Quando estava lá eu gostei. Até consegui visualizar nossa vida ali...

Mas já me disseram uma vez: a felicidade está onde você consegue ganhar dinheiro. Imagino que você consiga deduzir o autor da brilhante frase. Infelizmente, é isso que tem nos guiado.

“A Europa está em crise”, “o procedimento nos EUA é tão ou mais complicado que no Brasil”. Bem... sem Europa e Estados Unidos só nos resta mesmo viver no Brasil, já que a África significa o fim da nossa caminhada juntos. E sendo o Brasil a única opção, pela mais absoluta falta de alternativa, ficamos com o Rio.

Dessa forma você tem sua resposta. Daqui a cinco anos estaremos morando no Rio. Em que condições? Não tenho ideia. Se teremos ou não emprego, casa, carro ou dinheiro, isso ficará a cargo do futuro. Por óbvio nos manteremos já que somos perfeitamente capazes de fazê-lo, mas isso não quer dizer que estaremos no seu mundo cor de rosa, nem tampouco nas minhas projeções cinzas.

Só espero que estejamos felizes, ou eu, ao menos, conformada.

Do not put Feta Cheese in the white sauce


Coisas que se aprende cozinhando. Estava preparando o jantar… lindo!Tortellini de manjericão com parmesão ao molho branco. Colhi orégano fresco para dar um toque na decoração do prato, misturei a maisena no leite frio para não empelotar, fritei alho e cebola na manteiga, acrescentei noz-moscada, mozzarella, parmesão ralado, pimenta.... até que resolvi colocar o tal do Feta (que é bem gostosinho em saladas e afins). Puén, lá se foi meu molho branco (ok, mais para molho de queijo). Talhou tudo! Comemos do mesmo jeito, mas não tem foto para seção “Culinária”. 

Tal qual meu molho foi o meu dia. Lindo, perfeito, cheio de coraçõezinhos enfeitando as cercanias, vinho grátis, comidinhas (vou pedir um estágio para o Chef Steve) deliciosas, bom papo, piscininha... até que colocaram o Feta no meio. 

*** 

Nunca pensei que fosse sentir falta do Fantástico, mas é tão estranho fim de domingo sem aquela musiquinha tensa para avisar que a semana vai começar. Não me importaria de assisti-lo... não tenho compromisso amanhã mesmo (nem depois, nem depois... ô ócio!) 

domingo, 24 de junho de 2012

O Poder da Flanela


Tem dias em que tudo está uma bagunça. Você está uma bagunça. De forma que todas as coisas rodopiam ao seu redor e você não consegue concatenar suas idéias. E então... como se reorganizar? Como fazer para voltar ao seu centro e reencontrar o seu equilíbrio?

Estava eu aqui zanzando. Passei o dia carregando um enorme baú. Às vezes fica essa tristeza comigo. Essa solidão tão profunda que se houvesse um poço ali seria um bom lugar para contemplar o céu... já que do ponto de vista de quem está lá embaixo, o céu é bem pequeno e pouco estrelado tal qual o dia que se está tendo ou a perspectiva que se consegue visualizar nessa determinada situação.

Assim comecei do topo. Literalmente. Subi na cadeira e tirei tudo o que tinha na primeira prateleira. Basicamente porta-retratos, um rádio velho e sem uso, um castiçal com uma vela branca, um athame e um pequeno caldeirão. Ah, e claro... muito pó.

Depois das prateleiras, arrumar a escrivaninha, a cômoda, aquele movelzinho que fica ao lado do espelho e o guarda-roupas. Por fim, as gavetas sob a cama (um dia eu ainda mando fazer a gaveta que perdi na mudança, na minha triste volta prá casa).

Toda essa arrumação deve ser feita sem pressa. Preferencialmente com uma ótima trilha sonora. sugiro um mix de Ben Harper + Jack Jonhson... tranquilo, triste o suficiente e com uma boa mensagem... musiquinhas que fazem bem à alma.

Também é bom que se dê atenção as tarefas, e assim sendo, é uma ação solitária. Pode parecer uma incoerência... ficar sozinha para se sentir menos só. Mas hoje durante todo o dia eu estive cercada de pessoas. Colegas de trabalho, aqueles que foram procurar ajuda e orientação, vendedores e pessoas que simplesmente erraram a porta. Além, claro, das várias janelinhas de bate-papo pipocantes no meu computador. Só que ninguém preencheu esse vazio.

Lá no fundo eu queria um colo. E eu não estou me referindo a minha mãe, que viria de bom grado se eu pedisse. Também estou avessa aos amigos hoje. Na verdade, eu sei quem eu queria aqui prá me fazer companhia. Só que ele não existe. Ao menos não na minha vida.

Dizem que a sina daqueles nascidos sob a regência do signo de aquário é a solidão. Pois de acordo com o infeliz que escreveu os deveres e obrigações de cada casa do zodíaco, nós temos a liberdade como dádiva, para que possamos criar e levar a espécie humana à evolução. Não sei os demais aquarianos, mas eu odeio essa incumbência. E para meu grande azar, sou tal qual a descrição dada pelos astrólogos.

Quem sabe na próxima encarnação não tenho mais sorte e nasço sob o signo de câncer ou libra... sei lá. Qualquer um que não se isole do resto do mundo já estaria de bom tamanho.

Ou talvez isso não tenha nada a ver com o meu horóscopo. Talvez seja meu destino carregar esse baú as vezes. Mas isso já é filosofia de faxina.

Devagar as coisas vão voltando aos seus devidos lugares. Limpas e organizadas. Assim também os sentimentos que habitam dentro de mim. E com sorte, ao final de toda essa “crise de Maria” eu consiga me encontrar.

Guerra de Travesseiros

Sempre tive dificuldades de dormir acompanhada. Achei que tinha superado isso, mas a semana de ausência no namorido provou o contrário. 

No Brasil, dormia bem e acreditava que era devido ao fato de voltar pra casa, pro meu quarto, pra minha antiga vida, ainda que por pouco tempo, mas não. Aqui também dormi bem sozinha. Direto, sem acordar durante toda a noite.

Pergunto-me a razão disso...


***

Mas ontem acordei feliz. Havia alguém fungando no meu cangote de uma maneira tão fofa e tão humana que foi impossível controlar o sorriso.

Por mais que eu não goste de dividir a cama (principalmente porque o ser em questão além de quente - parece um forninho - ainda ocupa um espaço danado e não deixa eu esticar as pernas), mas nesse caso fui obrigada a abrir exceção.

Você resistiria?