quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Os Potes

E o que eu vi foram cacos. Todos os potes estāo quebrados, cada qual afundado em sua própria tristeza e dor, tão desesperados para achar uma maneira de se recompor que nāo conseguem ver que todos os potes estāo quebrados.

E vazios... abandonados a sua própria miséria.

Cada pote imagina estar em pior condição, quase ao pó. Isolados em suas prateleiras não podem formar um mosaico. Não encontram solução.

O pote maior sucumbiu a pressão do tempo. Partiu-se interiormente, mas por fora conserva uma aparência forte, bem estruturada. Quem olha não vê suas rachaduras profundas. Tão profundas que já comprometeram toda sua estrutura. Ele precisa de carinho, de colo, atençāo, saída. Ele precisa de uma vitrine que reconheça seu valor e não de mais peso inútil para abalar ainda mais suas frágeis estruturas. 

O pote médio, ao contrário, parece frágil. Acredita ser frágil, mas na realidade é o mais forte dessa triste coleção. É feito de barro e tem a força da natureza dentro. Mas se perdeu. Acredita que por ser barro é fraco, inferior, não nobre. Precisa descobrir seu valor e sua importância afinal plantas com raíz longa só se desenvolvem bem em firmes potes de barro.

Pobre potinho. Pensa que nāo é importante. Se perdeu na vida, abandonou seus sonhos, ideais e agora vaga a espera de alguém que lhe diga quanto vale. Tão preciso, tão único... conforma-se em ser xaxim de coco. Tão raro... ali, desperdiçado, escondido no quintal abandonado mas ainda guardando seu comprador, seu rumo, que seu destino se revele. 

Há tantos potes quebrados ao meu redor que me pergunto quando foi o terremoto que eu não vi.

domingo, 20 de janeiro de 2013

O Universo manda recado: ALOHA!

Que engraçado como de fato o Universo conversa conosco. Basta prestarmos atenção aos sinais (sim, eu li O Segredo e super recomendo pois acredito que aquilo de fato funciona. Vide minha vida. Conselho: saiba pedir... pense cada mínimo detalhe porque você vai ser atendido exatamente como formular seu desejo).

Depois do post desabafo escrito abaixo, fui checar minha caixa de emails. Sempre recebo os informativos do Somos Todos Um mas nem sempre leio. So que hoje o seguinte título me chamou a atenção "Quem está com Você?". Impressionante, não? Colaciono aqui para compartilhar a mensagem escrita por Maria Silvia Orlovas.

Quem está com você?

Você já parou pra pensar nisso? Já se perguntou quem está com você?
Já viu que tem quem se aproxime da gente no momento de dor, sofrimento e até tenta de fato nos ajudar, mas ao melhorarmos e ficarmos bem, arrumarmos a vida, conseguirmos um bom emprego ou um namorado, a pessoa vai embora, parecendo estar com ciúmes, ou mesmo inveja? Pois bem, comigo isso já aconteceu. E com você?
Acho inveja uma coisa deplorável, mas real. Tão real quanto o próprio sofrimento, quanto o desapontamento quando algo não dá certo. Já ouvi muita gente dizer que "conhecemos os amigos quando precisamos deles", quando levamos um susto da vida e as pessoas surgem para nos ajudar. Mas estou achando mais difícil manter amigos quando ficamos bem, vivemos em harmonia, quando temos uma condição financeira equilibrada. Olha que nem estou falando de riqueza, porque aí é outro departamento... e para falar a verdade, não conheço, por isso nem vou dizer nada. Falo sobre amizade verdadeira, de pessoas reais, que conseguem ficar conosco quando estamos bem e também quando estamos mal. E tenho visto que tem sido bem difícil encontrar esse tipo de gente que consegue suportar a felicidade alheia.
Triste perceber isso, triste pensar na inveja porque é fruto da ignorância, e não falo de burrice pura e simples, falo de ignorância mesmo, de pessoas que desconhecem o caminho do outro, o esforço de quem conquistou algo legal, de merecimento espiritual, de conquistas.
Inveja nos afasta de Deus e das pessoas, porque quando sentimos inveja de alguém estamos olhando para aquilo que as pessoas têm no momento, sem saber de nada do passado, sem medir o esforço alheio, sem saber nada do karma dou outro, nem de qualquer mérito ou demérito de vidas passadas.
Assim, amigo leitor, acho sempre muito bom analisar a postura de quem está com a gente. Olhe, observe quem está ao seu lado, quem compactua, quem se afina com sua vibração, pois de nada adianta ficar agradando as pessoas para que elas se sintam queridas e permaneçam ao seu lado, como também não resolve se fechar num mundo bem pequenininho para não sofrer. Porque às vezes esse sentimento feio vem da família, até de irmãos. E desses próximos que na verdade não o são; assim, não temos como nos defender.
Por isso que me encantei tão profundamente com o significado espiritual de Aloha, saudação havaiana. Aloha saúda a prosperidade, o amor, a felicidade alheia, de uma forma generosa, abundante como a boa vida deve ser. Aloha eleva a consciência e nos aproxima da bem-aventurança, de tudo aquilo de bom que queremos para nós.
Descobri que quando olhamos para a vida com o sentimento abundante do Aloha, estamos entrando na sintonia do poder divino mais completo, mais generoso. E desde que comecei a praticar ativamente o Hooponopono, e agora com mais a compreensão do Aloha, entendo que estão sendo reveladas novas formas de acessar ferramentas antigas, porque essas afirmações e formas de agir já existiam há muito tempo. 
(...)
Acho que está na hora de você começar a olhar com mais cuidado para quem está do seu lado e buscar com alegria ficar na companhia de Deus, porque pode ser que as pessoas à sua volta ainda estejam numa vibração complicada, mas você não precisa ficar assim (...).




Janis Joplin

Ah, e antes que me esqueça... musa master da minha adolescência! Feliz níver (ou não).



E não, eu não era teen quando Janis imperava... vim a conhecê-la depois. Não tão "experiente" assim, ;)

Feliz 2013!

Título irônico já que de feliz no momento não tenho nada. Decepcionada seria a palavra... Não querendo bancar a menina mimadinha mas quando se fica tanto tempo longe de casa espera-se que as coisas tenham mudado (para melhor) meio que num passe de mágica.

Por isso visitas não devem durar mais que uma semana. Passada a euforia da novidade você passa a ser rotina e aí a realidade aparece. Tão triste... tão "desapontante" (sem querer matar também o português).

E as outras coisas... acho que isso é o que machuca mais. Onde estão seus amigos? Oi? Que amigos??? Querida... amigos imaginários não te fazem companhia na balada nem dividem um drink no bar com você. Acho tudo tão... tão... frustrante! Mas se eu não tinha essas pessoas antes porque agora sinto falta? Como se morar fora fosse fazer alguém gostar mais - ou menos - de mim.

Seleciona-se os poucos mas muito bons companheiros de vida. Esses sim merecem atenção. Demais, não precisam acompanhar o que se passa com seu dia a dia. Pra isso existem as novelas. 

Estou de volta a minha triste paisagem suburbana oferecida pela janela do meu quarto. Ai mundo, que saudades sinto de você.