terça-feira, 23 de outubro de 2012

Spinning down

Que é isso? Quando a vida resolve castigar é uma senhora cacetada puxada de tapete. Em menos de uma semana perdi grana e tempo num negócio que está mais enrolado que novelo de lã depois do gatinho, recebi um email comunicando que tenho dez dias pra providenciar nossa mudança nos EUA (e achar um lugar novo), posto que nossa casa foi vendida (quase um pé na bunda, eu diria), tem essa maldida pressão sobre o futuro (isso tá *oda de suportar), não ter emprego sempre foi meu maior medo... oi, bem vinda ao meu pesadelo!

Tem tanta coisa em risco que preciso me segurar para não entrar numa crise histérica! Com quem vou falar sobre isso? Tenho que ser forte para dar suporte pro marido, minha família pensa que tudo por aqui é lindo (o mesmo se aplica as minhas amigas), e é ... exceto pelo deadline. Não tem motivo algum quebrar essa ilusão. Eles já tem seus próprios leōes a enfrentar.

E, para coroar meu inferno astral (e nem estou perto do meu aniversário), ontem a minha assombração saiu no noticiário nacional na campanha pró-doação de órgãos (ela precisa urgentemente de um pulmão, ou dois). Internada há três meses, frágil, pequena e magra, respirando com aquele tubinho no nariz e com uma nota de desespero que até eu que não falo aquela língua pude entender. Deus, até que ponto os meus problemas são relevantes? Toda a família compartilhou o vídeo, e eu, como estúpida que sou, me ressenti por isso. Mas oi? o que estou falando? Meu lado racional entende e divide as coisas e sofre por ela também, mas ele não consegue conter meu monstrinho verde soterrado em mim o tempo todo. Esse monstrinho emerge de tempos em tempos, o que me envergonha muito.

Segue David Guetta feat Sia, com She Wolf (Falling to Pieces). Porque isso basicamente resume, seja eu quem for na letra.






quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Fazendo as malas

Vim passar dois meses na Inglaterra e, a duas semanas da volta para casa, posso afirmar sem qualquer dúvida que ao menos cinco camisetas, três regatas, duas blusas de lã, um casaco, seis pares de meia e uma bota poderiam ter ficado tranquilamente fora da bagagem (dando espaço praquele casaco ma-ra que eu vi na vitrine).

E' que tenho medo de faltar algo e acabo sempre trazendo a mais. 

Com isso tenho um grande problema: fora do Brasil o limite de bagagem é 23 kilos, sem choro (minha mala já veio pesando isso) e durante dois meses por aqui, óbvio que fiz umas comprinhas... E agora? #comolidar?

Por isso, seguem algumas dicas para quem pretende por o pé na estrada. Espero que ajude!

- Coloque todas suas coisas na cama e veja o que combina com o que. Por mais que você ame certa coisa, se exigir acessórios, sapatos ou outros complementos além daqueles separados, tire da mala (eu sei que dói, mas use outro dia);

- Quando terminar a separação, tire ao menos uma peça de cada! É sério! Não esqueça que dá pra lavar roupa no hotel (nem que seja no banheiro) e sim, ela vai secar! Basta por tudo penduradinho no calefador ou onde encanar o vento, kkk!

- Escolha uma cor para montar sua mala (não se preocupe que você não vai fazer feio repetindo coisas, afinal você está a turismo e não num desfile de moda! Deixe as megas produções para outra ocasião);

- Leve peças curingas que deem um up na roupa (uma echarpe colorida já quebra o galho);

- UM sapato de salto já basta! Se for levar botas de cano longo, procure viajar com elas, salva espaço;

- O mesmo se aplica as roupas de balada. Não precisa levar uma muda para cada noite! Mesmo porque, no geral você vai direto do longo dia de caminhada para o bar ou resturante bacaninha e de lá pra festa;

- Shampoo e condicionador de casa em frascos pequenos e de plástico! Se acabar, vá no mercado mais próximo e compre outro, oras! Você experimenta coisas novas e salva peso! Ah, se estiver viajando acompanhada(o) divida os itens de uso comum!

- Deixe a chapinha e o secador em casa. Os hotéis - em sua grande maioria - disponibilizam esse último. Se for impreterível, leve em travel size;

- Maquiagem, cremes, perfumes... tão logo você entre em uma farmácia ou supermercado (principalmente na Europa e EUA) você vai achar tanta coisa diferente e com um preço tão camarada que eu não vejo muito sentido em trazer nada além dos indispensáveis (e nem tente me enganar que sei da sua listinha para primeira Sephora avistada);

- Roupas são mais baratas fora do Brasil. Assim, se faltar alguma coisa, vá bem contente na fast fashion mais próxima e salve seu dia. Aliás, é de se perder com as coisas por aqui. A moda é tão diferente que não há a mínima possibilidade de voltar sem ao menos uma camisetinha nova!

- Eu tenho um problema sério com roupas para viajar. Quando vim para os Estados Unidos inventei de usar um jeans skinny. Afffe! Super desconfortável! Acabei com hematomas atrás do joelho! Depois disso só viajo de legging ou aquelas calças molengas. E não fica cafona! Juro! Vide Vitória Beckham!

Pra fechar. Produtos de beleza, eletrônicos e roupas de grifes são mais baratos nos Estados Unidos. Na Europa vale a pena a moda diferente (quando você andar por aqui vai entender o que estou falando) e as marcas locais.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O Futuro

Metas a longo e curto prazo, listas, planos, estratégias. Sempre gostei de ter o controle, ainda que ilusório, sobre aquilo que estava por vir. Se eu traçasse bons planos conseguiria prever e assim evitar eventuais contratempos ou mesmo os grandes problemas.

Mas eu deixei de querer planejar o futuro quando isso tornou-se a sua obsessão.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Lonely Women

Essa é a sina das mulheres da minha família. Não importa onde ou como, sempre acabamos sozinhas.

Passei o domingo batendo perna. Fui no shopping, comprei algumas coisinhas, passei na feira de rua, onde barracas exibiam pães, geléias, macarons, artesanato, doces árabes e um hamburguer que me deixou com água na boca. Não, não provei para saber se era tão bom quanto exalava. Estava sozinha e um  seria muito para mim. Precisava de alguém para dividir (é, eu sei que poderia ter comprado, comido minha metade e jogado o resto fora, mas não é esse o ponto).

Enquanto isso minha mãe estava sozinha em casa. Tal como minha vó (teimosa demais para sair da cidade dela). E se parar para pensar, sozinhas provavelmente estavam o resto das mulheres da família.