Entrei na fase da tosse de cachorro. Quem sabe até o fim dessa semana não melhoro (por bem ou por mal). Até lá, sobe som:
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Sick, sick, sick!
E depois de trinta dias respirando o ar mais puro do mundo, volto a Macau direto para minha prisão domiciliar. Há uma semana trancada em casa, abraçada ao purificador de ar, com minha alergia atacada e a cabeça explodindo.
Entrei na fase da tosse de cachorro. Quem sabe até o fim dessa semana não melhoro (por bem ou por mal). Até lá, sobe som:
Entrei na fase da tosse de cachorro. Quem sabe até o fim dessa semana não melhoro (por bem ou por mal). Até lá, sobe som:
domingo, 13 de abril de 2014
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Brasil Burro I - Educação Política
Eu tenho andado tão enojada com meu próprio país que quando me perguntam se pretendo voltar a morar lá quase grito não. E não se trata da política corrupta e falha tão somente, mas de tudo que diz respeito a população em geral. Acho que cansei de brasileiros.
É imperativo traçar uma linha divisória entre os dois diferentes "Brasis" que enxergo. O geográfico, pelo qual entende-se tudo aquilo provido pela natureza, como as paisagens exorbitantes, fauna e flora inigualáveis e a beleza em geral que me enche de orgulho. E o político, formado basicamente de povo.
Ferve-me o sangue brasileiros e suas "coisinhas" irrelevantes a nível global mas tidas como prioridade nas discussões (quando) existentes. Seus discursos populistas - tão rasos, sua fúria fugaz, sua preguiça absurda (Macunaíma, finalmente te entendo!), seu falar errado, sua moral deturpada.
"É tudo culpa do governo". Por muito tempo eu neguei isso, querendo que cada um assumisse sua própria responsabilidade. Só que pensando bem, estão certos. De fato a culpa é do governo por ter deixado de ser governo para se tornar mãe, relegando a massiva população ao status de criança birrenta.
Quantas vezes não ouvi que "meus 319 filhos não vão para escola porque o governo não deu..." (insira aqui a opção que mais lhe convém). E desde quando isso é responsabilidade do governo? Onde está a sua responsabilidade como pai/mãe de CRIAR o seu próprio filho e lhe prover o básico???
Eu lembro dos meus pais cortando um dobrado para pagar a mensalidade da escola. Lembro que eu usava um tênis horrível, todo remendado (e era motivo de chacota dos riquinhos da turma, mas também tinha personalidade o suficiente para não dar atenção a isso), pois era o que podia arcar com e ele tinha que durar um ano letivo inteiro (ao menos). Lembro das histórias que minha mãe contava de que ela engraxava o jornal que colocava dentro dos seus sapatos para cobrir os furos e não deixar entrar frio, porque meus avós não tinham condições de comprar sapatos novos (e ela estudou em escola pública). Onde foram parar esses valores? O orgulho?
Penso que talvez esteja me cercando de fontes erradas, mas ao ver a entrevista da menina que precisa de uma roupa importada nova para cada "rolezinho" (que diacho é isso??) enquanto a mãe rala como doméstica sinceramente é surreal! Nesse caso a culpa é do governo ou da mãe que não soube educar a filha? Eu diria do governo, por ter assumido o papel de educador em busca de deixar o povo tão burro a ponto de não saber mais valores e moral.
Contudo, esse é exatamente o ponto onde o governo quer chegar. Com o "emburrecimento" generalizado, a falta de uma elite pensante e a total ausência de parâmetros morais e éticos fica fácil tornar o Brasil uma baderna, missão, aliás, cumprida!
O que vejo estando fora do Brasil (e respirando civilização) é que nós brasileiros (por óbvio, eu inclusa) somos burros, no sentido de ignorantes mesmo. Não por não termos inteligência (o jeitinho brasileiro taí pra nos defender), mas porque nos falta conhecimento e estímulo para buscá-los.
"Mas prá que eu preciso aprender história se não vou usar isso no futuro?". Porque você vai! Uma hora ou outra esses conhecimentos serão cobrados e isso tende a ser no momento mais inconveniente, ou seja, quando você está numa confraternização e longe do Google. Dia desses num jantar um senhor dinamarquês me deu uma verdadeira aula sobre política brasileira, nomeando TODOS os governantes desde a ditadura, seus feitos, fracassos e efeitos para História e eu sequer lembrava quem tinha vindo antes do Collor... fora que meu conhecimento acerca da vida política dinamarquesa (ou qualquer outra coisa que não seja a bandeira e cor do cabelo) é nula.
Converse com qualquer europeu, ou melhor, com qualquer pessoa não pertencente ao continente americano, e você terá uma saudável discussão em qualquer tópico mundial que escolher (já testei isso). Eles tem acesso a informação de verdade, debates de verdade e sabem mais sobre a nossa história que nós mesmos!
Enquanto isso brasileiros se isolam nas suas "comunidades" onde podem discutir burramente lindamente a vida dos outros. Ah, como gostam de picuinhas! Se falam de política, inflamam-se como fósforos, e já se apagam, afinal há uma regra velada de que não se deve aprofundar nesses assuntos.
Dia desses tentava listar pessoas com as quais convivi que eram dignas de admiração. Lembrei dos meus estágios jurídicos e sim, havia seres pensantes por lá, ainda que a grande maioria fosse fraca de caráter (no que tange ao trato as mulheres e a filosofia do "soy macho", matéria para um próximo texto).
Sendo o Poder Administrativo um maníaco controlador que transforma seus cidadãos em muppets, o Judiciário esse Olimpo inatingível sem colhões pra de fato se impor e por alguma ordem (poupe-me dos confetes jogados como cortina de fumaça para encobrir os conchavos políticos armados no backstage) e a mídia comprada (sem exceção), quem poderá nos salvar?
A mídia, aliás, é o que mais me frustra! Ela deveria ser nossa Atenas, justiceira e incansável, retirando os véu, mas pelo contrário, no Brasil presta um desserviço por ser ordinária, vil, covarde e pequena. Assista a tv holandesa ou acesse um dos três maiores sites de notícias de lá. A liberdade para dizer o que se pensa, doa a quem doer e sem o bullshit discurso do politicamente correto para talhar jornalistas. Ok, há lá suas falhas, mas ao menos eles tem coragem e o povo acesso a informações neutras, com a dádiva de poderem analisar por conta e tomar seu posicionamento de forma legítima, sem manipulações.
O Brasil é tão rico (culturalmente falando), tão grande e tão importante, que triste não define sua situação. Somos (nós, brasileiros) um bando de pirracentos mimados que consideram os Estados Unidos o supra sumo do Universo (estamos tão errados!).
Eu vivi nos Estados Unidos e portanto tenho conhecimento de causa. Asseguro que a maior virtude dos americanos é serem mestres em marketing. Só isso. Nós temos muito mais bagagem histórica e cultural, mas não nos valorizamos. Nos vendemos por marcas que para eles são populares (e lá custam baratinho). Um parênteses para a menina do "rolezinho": as marcas que ela citou, se usasse nos EUA seria considerada classe baixa, ou seja, tudo no mesmo e você não tem o reboco do seu barraco além de fazer miserável a vida da sua mãe!
Eu falei, desabafei, escrevi parágrafos, enchi esse post de letras, mas solução mágica não tenho. Aliás, tenho: internet! Com a imprensa comprada (sim, você assiste Globo, acompanha novelas - e isso não é mal, desde que se informe por outros meios) e voltada para manter-nos cegos. Com um governo satisfeito com os resultados que atingiu, afinal, quem de nós de fato levanta e luta? E demais poderes amedrontados, de novo, quem poderá nos salvar?
Precisamos de um herói e rápido. Vivemos num mundo capitalista que basicamente serve-se de explorar os mais fracos. Nós somos fracos e tolos sentados sobre uma mina de ouro. É impressionante que ainda sejamos soberanos!
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
O Mundo Segundo os Brasileiros
O dia começou promissor, ônibus
no ponto no horário esperado, pronta resposta da equipe na Macau Tower, mas
ainda assim o nervosismo me acompanhou por todo o trajeto até o hotel onde me
reuniria com a equipe de gravação.
Não sei explicar se as borboletas
que se agitavam no meu estômago tinham origem no fato de passar o dia gravando
um dos meus programas de TV favoritos ou se derivava da minha iminente queda do
maior bungy jump do mundo. Ok, esse
não era o meu primeiro salto, mas comparar 40 metros de altura
quando se tem o espírito rebelde e no auge da sua adolescência aos 233 metros de queda
livre que me aguardavam é até ridículo. Despedi-me do meu marido com mil I love you, e me entreguei a trilha
sonora no sacolejante coletivo.
No hotel, ali no lobby mesmo, fui equipada com o
microfone, enquanto diversos chineses me olhavam (ou ao menos eu assim pensava)
enquanto sem qualquer vergonha subia o vestido e prendia os plugs por meia e decote.
Uma vez dentro do taxi, rumamos
ao início das gravações. Na agenda estavam previstos Macau Tower, Portas do
Cerco, MercadoVermelho, Three Lamps District, Hotel e Casino Lisboa, uma
voltinha de triciclo e o encerramento com bolinho de bacalhau.
Começar a gravar foi estanho.
Riso nervoso, insegurança com as mãos (estou mexendo-as demais? De menos? Meu
cabelo está em ordem??? Droga... a postura, cadê minha mãe nessa hora pra me lembrar
de ficar reta? E a voz... Deus, onde foi parar minha oratória? Fugiu... junto
com meu vocabulário, só pode!). Achamos um lugar lindo, a beira de um lago
(milagre!) de águas limpas, calmo e elegante. Lara me bombardeou de
perguntas... não lembro mais o que respondi, só sei que deveria dizer que amo
minha família e sinto falta deles (todos eles) todos os dias. Mas ao invés
disse morrer de saudades da Nina. Isso é verdade, mas me persegue o remorso de
não mencionar os meus... afinal, rede nacional não deixa margem para dúvidas
(será que ainda posso acrescentar esse depoimento?).
Dali, Macau Tower. O Henrique,
portuga gente boa que agilizou as coisas estava a nossa espera. Sessenta e um
andares depois, o deck e a vista de
tirar o fôlego. Gravamos algumas cenas, repeti a mesma fala diversas vezes e
ouvi ilimitados “não olhe para câmera”/“descontrai”. Eu sabia que não seria
fácil, mas não pensei que isso se daria por eu estar “profissional” demais.
Foi decidido que a primeira
aventura seria o Sky Walk, imagino eu
que para “relaxar” só que tudo que eu pensava ao olhar para baixo era “gente,
vamos saltar logo antes que a coragem vá embora. O Sky Walk consiste em uma caminhada pela plataforma externa da
torre, preso a um cabo (que eu torcia para ser de aço). Muito mais relax e
divertido do que eu esperava, não demorou muito e eu já estava correndo e
saltando como se estivesse a poucos centímetros do chão, o que levava ao
delírio o horda oriental que me assistia, fotografava e filmava.
Aliás, essa é outra experiência
surreal. Por três horas eu fui famosa, com direito a muitas fotografias,
gritinhos e sorrisos. Sinceramente, não sei do que as celebridades reclamam,
pois pra mim foi tão legal!
Desequipa e equipa de novo, dessa
vez pro salto. Troca sapatos, tira mais foto, pesa e repesa (droga, como foi
que ganhei cinco quilos naquela balança???), abre-se a porta da plataforma e o
vento frio me abraça. Estou a dez passos do abismo, versão literal.
Temporariamente distraída pela
pequena entrevista com o neozelandês que gerencia o local, não percebi que a
fila que me antecedia já havia acabado até chamarem meu nome. Nesse momento meu
sangue congelou e passei a escutar apenas um zumbido que só deu lugar a contagem
regressiva, devidamente interrompida pelo meu pânico.
Era isso, hora de saltar. Foi pra
isso que vim, certo? Mais uma regressiva e, ridiculamente como quem pula na
piscina fazendo bomba, lá fui eu. Enquanto caía, tentava racionalizar. Sei que
depois do pânico vem a euforia mas eu mal tinha me entendido na situação já era
hora de desatar os pés. Um loop e lá
estava eu sentadinha depois da queda. Missão cumprida e eu mais do que super
feliz.
Dali, após um breve almoço fomos
para as Portas do Cerco. Chegamos no início do rush, e talvez por isso a segurança não nos viu gravando na área de
imigração de Macau. Já era tarde para irmos ao Mercado Vermelho, então pegamos
um shuttle e caímos no meio da área
de jogo do Grand Lisboa.
Ilegalmente e na cara dura,
andamos por entre as slots machines,
falando e filmando e quando a segurança nos viu, rumamos discretamente para a
saída. Honestamente era o nosso dia de sorte. Mais takes, mais repetições, outras coisas de Macau, joalherias que são
na verdade casas de penhor e a aventura de explicar para o senhor que guiava o
triciclo que queríamos ir em três naquela cadeirinha.
A fila a espera de taxis na
frente do Casino Lisboa era gigantesca e novamente foi impossível não me sentir
“alguém”. Fim do dia, já estávamos cansados e o cérebro corria lento. O passeio
no triciclo foi mais umas das coisas típicas que eu nunca tinha feito.
Encerramos o dia com bolinhos de bacalhau e voltar pra casa trouxe uma certa
tristeza e vazio. Encerrada essa aventura, agora resta planejar a próxima
“arte” da Sra. Carol (ouço minha mãe falar).
sábado, 30 de novembro de 2013
The Baby Leopard
I touched a leopard.... I stayed five magic minutes petting a 6 month old gorgeous wild cat and this made me incredible sad.
He was attached to a elegant wood table, chain in the middle, his stage, his altar. I saw him when I was leaving a market and couldn't believe that he was real.
Without thinking I kneed in front of him in reverence, put my hand on his head and brought that beautiful baby closer to me, like if I could protect him somehow. No resistance... he was so full of drugs that he didn't even try to open his eyes.
Supposedly he belonged to a zoo and was being (ab)used as a promotion. The cost to take a picture was 100 bath. Very attractive for tourists wandering thru that insignificant street in Thailand. I refused. With my heart heavy I walked away feeling the most useless person on this planet.
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