Eu tenho vergonha do meu fracasso. É isso, admiti em voz
alta... tenho vergonha do meu fracasso. Então, com medo de falhar, nem tento.
Numa escala, quão patética é essa verdade?
Gostaria de dizer que “há uma pressão”, que demandam demais
de mim, mas isso não é verdade. O que se espera é que eu seja bem sucedida já
que (dizem) eu tenho todas as ferramentas para isso. Honestamente não sei da
onde vem essa idéia. Não tenho droga de capacidade nenhuma. Nem esforçada eu
sou.
E o mais ridículo disso tudo é que eu mesma me boicoto. Eu
mesma me desestimulo. Sim, porque posso não ser um ser brilhante, mas sou
teimosa, e como tal só paro quando alcanço a meta. Sou insegura... mas não
quero que ninguém saiba disso.
Por isso me dilacera ter que voltar... ao menos aqui, longe,
eu posso camuflar minha vida, deixá-la mais interessante numa narrativa. Mas
perto, vou precisar transformar meu conto de fadas em realidade, e isso pode
ser muito complicado.
Não consigo me lembrar quando foi a última vez que me comprometi
com algo. Que realmente me dediquei com afinco a um objetivo... ah, lembro sim,
foi no Exame de Ordem. E depois daquilo, um buraco negro me engoliu. Naquele
tempo eu teria me tornado uma excelente advogada. Com aquele tanto de
conhecimento, teria passado fácil num concurso qualquer... mas eu desisti. Me
conformei com o quase nada que eu tinha e achei que estava bom.
Como diria minha mãe: falta brio.
Mas agora que caiu minha ficha... ainda há tempo de mudar. E
agora, há motivo.
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